Cafelândia promove ações especiais na semana do autismo

O ensino individualizado de alunos com o espectro autista garante maior qualidade de ensino e inclusão a alunos de Cafelândia. Atualmente, o município tem na rede municipal de ensino, 45 alunos portadores do TEA (Transtorno do Espectro Autista), um distúrbio do neurodesenvolvimento que pode afetar o comportamento, a comunicação e interação social do indivíduo.

De 31 de março a 05 de abril, serão desenvolvidas atividades voltadas para a conscientização e integração de alunos com autismo nas escolas. As atividades começaram na sexta-feira, 31, com apresentações cívicas da Escola André Luiz Prestes que abordaram o tema, onde os alunos explicaram o espectro e as suas condições para os colegas.

Ainda durante a semana, a Secretaria de Educação de Cafelândia vai desenvolver mais ações de conscientização ao autismo. “É importante ensinar desde cedo o respeito as diferenças e gerar a inclusão. Trabalhamos para que nossos pequenos possam crescer e se tornar adultos conscientes de que a diferença existe, mas que ela não impossibilita as pessoas de fazerem parte da comunidade, estudando, trabalhando e formando suas famílias”, lembra a Secretária de Educação Rozane Pitol.

Os primeiros sinais podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. Em alguns casos, a família não consegue realizar o diagnóstico, por isso, Cafelândia conta com fonoaudióloga e psicóloga que auxiliam no encaminhamento de alunos com comportamentos diferentes. “Quando a professora identifica algum comportamento diferente na criança, nós conversamos com a família e realizamos uma avaliação no aluno. Caso haja a necessidade, a criança é encaminhada a um neurologista para o diagnóstico”, explica a fonoaudióloga Hamanda Fontana.

Um exemplo de diagnóstico que garantiu a inclusão de pessoas com autismo no ensino público, é o pequeno Mikael Augusto França Ramos, de cinco anos que é aluno do CMEI João XXIII. Após avaliação da equipe da educação, ele foi encaminhado a um neuropediatra e diagnosticado com autismo. Desde então, Mikael passou a receber atendimento especializado na APAE. “A princípio nós pensamos que ele pudesse ser surdo, já que os pais dele são. Ele era um menino retraído, não se abria com outras pessoas que não fossem da família e a fono foi a primeira pessoa com quem ele se abriu. Agora ele tem desenvolvido muito bem a fala, se comunica, interage e sente bem na escola. Só temos a agradecer a todo o apoio que recebemos”, destaca o avô Dirceu Aparecido Lopes.

Ações de acompanhamento valorizam e dão suporte às famílias de Cafelândia, como conta o prefeito Culestino Kiara “Esse tipo de acompanhamento faz com que as famílias tenham um suporte do município para situações que muitas vezes elas não teriam condições de enfrentar sozinhas. É uma questão de educação, mas com certeza também é saúde. Por isso desde o encaminhamento até o acompanhamento, o município está junto aos alunos e as famílias”.