“Os pobres são verdadeiros evangelizadores”, diz o Papa Francisco

Revista Cristo Rei

Neste domingo (14/11), que antecede a Solenidade de Cristo Rei, a Igreja Católica celebra o Dia Mundial dos Pobres. O convite é do Papa Francisco que acentua em sua mensagem por ocasião da data: “Não me canso de repetir que os pobres são verdadeiros evangelizadores, porque foram os primeiros a ser evangelizados e chamados a partilhar a bem-aventurança do Senhor e o seu Reino (cf. Mt 5,3)”. Por que os pobres nos evangelizam?

Este Dia Mundial dos Pobres é desafiador especialmente no Brasil que viu crescer a desigualdade e vulnerabilidade social nesta pandemia da covid-19. As secretarias paroquiais da Diocese de Toledo, que acompanham as famílias por meio da Pastoral do Auxílio Fraterno, receberam um número maior de pessoas em situação de emergência da fome e outras condições socioeconômicas. Basta ler as edições da Revista Cristo Rei neste último ano que trouxeram as reportagens sobre a ampliação dos atendimentos prestados.

Na sua mensagem por ocasião desta data, o Papa Francisco lembra que “Jesus não só está do lado dos pobres, mas também partilha com eles a mesma sorte”. “Isto constitui também um forte ensinamento para os seus discípulos de todos os tempos. As suas palavras – ‘sempre tereis pobres entre vós’ (Mc 14, 7) – pretendem indicar também isto: a sua presença no meio de nós é constante, mas não deve induzir àquela habituação que se torna indiferença, mas empenhar numa partilha de vida que não prevê delegações. Os pobres não são pessoas ‘externas’ à comunidade, mas são irmãos e irmãs cujo sofrimento se partilha, para abrandar o seu mal e a marginalização, a fim de lhes ser devolvida a dignidade perdida e garantida a necessária inclusão social”.

Por fim, um pedido do Santo Padre: “Faço votos de que o Dia Mundial dos Pobres, chegado já à sua 5ª celebração, possa radicar-se cada vez mais nas nossas Igrejas locais e abrir-se a um movimento de evangelização que, em primeira instância, encontre os pobres lá onde estão. Não podemos ficar à espera que batam à nossa porta; é urgente ir ter com eles às suas casas, aos hospitais e casas de assistência, à estrada e aos cantos escuros onde, por vezes, se escondem, aos centros de refúgio e de acolhimento, entre outros lugares. É importante compreender como se sentem, o que estão a passar e quais os desejos que têm no coração”, sublinha em sua mensagem.

 Fonte: Revista Cristo Rei