O Dia “D” de mobilização nacional para a vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos em todo país é neste sábado (17). A campanha de multivacinação e também de vacinação contra a poliomielite, promovida pelo Ministério da Saúde, segue até 30 de outubro com o conceito Movimento Vacina Brasil. É mais proteção para todos. Iniciada no dia 5 de outubro em mais de 40 mil postos de vacinação espalhados pelo Brasil, a campanha segue com o objetivo de atualizar a caderneta de vacinação e mobilizar a população para a importância de vacinar os brasileirinhos contra diversas doenças como sarampo, febre amarela, rubéola, caxumba, hepatites A e B, dentre outras.
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Multivacinação
A multivacinação é uma estratégia que tem a finalidade de atualizar a situação vacinal de menores de 15 anos de idade. Serão ofertadas todas as vacinas do calendário nacional de vacinação da criança e do adolescente.
Pais e responsáveis façam valer o direito dos seus filhos, busquem um serviço de saúde, mais próximo de sua casa para a avaliação da situação vacinal.
O desempenho será avaliado com base nas doses aplicadas e registradas no Sistema de Informação durante o período da campanha, para cada vacina disponível.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece atualmente 18 vacinas para crianças e adolescentes. Estados que necessitarem de reforço em estoques de vacinas poderão solicitar ao Ministério da Saúde.
Poliomielite
Cerca de 11 milhões de crianças de um ano a menores de 5 anos de idade devem ser vacinadas com a vacina oral poliomielite (VOP), desde que tenham recebido as três doses da vacina inativada poliomielite (VIP) do esquema básico de vacinação. A meta é vacinar pelo menos 95% das crianças. Crianças até 11 meses e 29 dias deverão ser vacinadas conforme indicações do Calendário Nacional de Vacinação, com a VIP.
Recomendações Covid-19
Para evitar o risco de transmissão da Covid-19 e garantir a segurança da população e dos profissionais, o Ministério da Saúde orienta que as ações de vacinação sejam realizadas conforme as recomendações sobre distanciamento social, uso de máscara, lavagem das mãos e uso de álcool em gel.
Situação epidemiológica da poliomielite
Com a realização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, o Brasil reafirma o compromisso internacional assumido de manter o país livre da doença.
O Brasil não detecta casos desde 1990. Em 1994, recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território, juntamente com os demais países das Américas. Desde então, o país tem trabalhado para atingir a meta dos indicadores preconizados pelo Ministério da Saúde para manter o país livre da doença.
As coberturas vacinais municipais ainda são heterogêneas e pode levar a formação de bolsões de pessoas não vacinadas, possibilitando a reintrodução do poliovírus. Dessa forma, a realização da campanha tem como intuito reduzir o número de não vacinados e proteger a população contra a doença.
Atualmente, existem dois países endêmicos (Paquistão e Afeganistão). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que foram registrados 125 casos da poliomielite, sendo 51 no Afeganistão e 74 no Paquistão, no período de 01 de janeiro a 06 de outubro de 2020.
O Ministério da Saúde alerta que tem crescido o número de pessoas não vacinadas nos últimos anos. Como consequência, doenças que já estavam eliminadas no Brasil voltaram a ser um problema para a saúde de todos, como o sarampo, por exemplo.
Queda na Vacinação
O Brasil possui o maior programa de vacinação do mundo. Entretanto, vem se observando uma queda na cobertura vacinal nos últimos anos. Em 2019 o Brasil contabilizou 7,7 milhões de não vacinados contra a Febre Amarela em crianças/adolescentes menores de 15 anos. Já a Hepatite B, na mesma faixa etária, contabilizou cerca de 24,8 milhões de não vacinados. Em adolescentes de 11 e 12 anos o número de não vacinados foi de 4,3 milhões para a vacina meningocócica. Quando se fala em vacinação contra HPV, somente 73,6% das meninas com idade entre 9 e 15 anos tomaram a primeira dose e o número diminui quando se fala na segunda, apenas 46% das meninas foram imunizadas. Já os meninos com faixa etária de 09 a 14 anos apenas 36,2% tomaram a 1º dose e 19,2% tomaram a 2ª dose da vacina.
Fonte: Ministério da Saúde / Movimento Vacina Brasil