Tontura pode estar atrás de 40 doenças e atinge um terço da população!

Andrea Feliconio / Jornalista - São Paulo
Vertigem emocional atinge pessoas de várias idades, afirma neurologista
“Imagine uma pessoa que está caminhando normalmente e, de repente, se sente insegura, instável, como se fosse cair se continuasse a fazer o movimento”, indaga o neurologista Saulo Nader. Segundo ele, essas sensações muitas vezes vêm acompanhadas de sensação de medo.
Segundo o especialistas, conhecido pelos pacientes e internautas como Doutor Tontura, a chamada “Vertigem Fóbica” – muito correlacionada com ansiedade ou estresse excessivo – costuma acontecer em ambientes com muita informação e conflito visual, como supermercados (com luz clara, prateleiras coloridas, grande movimento de pessoas e carrinhos), shoppings, feiras, etc.
Essa é um das principais doenças, pois existem 40 delas atrás das chamadas erroneamente de “Labirintite”.
Nader explica ainda que o Sistema Vestibular é formado pelos labirintos, que enviam informações, através de um nervo, a uma área do cérebro, responsável pelo controle do equilíbrio e da postura da pessoa. Ela é regida por uma química cerebral, que a faz funcionar adequadamente.
“Essa química pode sofrer um distúrbio e, quando isso acontece, um dos sintomas pode ser a tontura. É assim que começa a Vertigem Fóbica”, diz ele.
Os sintomas mais comuns são o atordoamento, mal estar e insegurança postural.
“Às vezes, a pessoa com ‘Vertigem Fóbica’ pode sentir tontura, instabilidade e insegurança em lugares específicos, quando vai à casa de um determinado parente, por exemplo”, diz o médico O nome “Vertigem Fóbica” deriva do fato de a alteração da química cerebral se alterar de forma muito semelhante à de quem sofre de muita ansiedade ou de estresse intenso. E existe uma correlação entre ela e esses fatores.
Vale lembrar que a tontura pode estar linkada, também, a outras doença psiquiátricas, como depressão, bipolaridade, ansiedade e pânico, entre outras. A “Vertigem Fóbica” é um tipo bem diferente e peculiar de labirintite, muito relacionada sempre a questões emocionais. A boa notícia, segundo o Dr. Tontura, é que existe tratamento.
Se a pessoa tem uma outra doença vestibular ativa, que foi perpetuada e piorada pela “Vertigem Fóbica”, essa doença também precisa ser tratada.
 Fora isso, existem remédios que trazem a química cerebral de volta para o lugar, aliviam os sintomas e permitem que se tenha uma vida completamente normal. O importante é fazer o diagnóstico para ter um tratamento adequado.
Tontura- cenário:
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), um terço da população em todo o mundo sofre de algum tipo de tontura. As causas são as mais diversas.
A famosa “labirintite” é uma doença  é rara e grave na verdade, sabia? Segundo Dr. Saulo Nader, cerca de 70% dos casos de vertigem são, na verdade, vertigem posicional paroxística benigna ou VPPB como é conhecida.
“A VPP é uma infecção grave do labirinto por bactéria ou vírus, muitas vezes ligadas a complicações de meningite grave”, afirma.
FONTE MÉDICA ESPECIALIZADA: Dr Saulo Nader, neurologista, dedica toda sua carreira a divulgação de informação científica sobre tontura de forma didática, leve e descontraída. Ele brinca que tem a missão impossível de “Acabar com a Tontura do mundo”.
Por:Andrea Feliconio / Jornalista – São Paulo