Saiba em que circunstâncias a Justiça Eleitoral entra em contato pelo WhatsApp

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) ampliou o atendimento via mensagens por WhatsApp. Os cartórios eleitorais e a Ouvidoria estão disponíveis para esclarecer dúvidas, responder a solicitações e pedidos de informações, entre outros serviços. Entretanto, o Tribunal reforça a necessidade de ficar alerta para evitar que pessoas mal intencionadas se passem pela Justiça Eleitoral para obter dados pessoais ou aplicar golpes.

O analista judiciário do TRE-PR Jillian Roberto Servat explica que, de acordo com a Resolução N° 852/2020, os cartórios eleitorais entram em contato via WhatsApp com o eleitorado, candidatas, candidatos e partidos políticos em situações relacionadas a processos judiciais; operações do cadastro eleitoral (se houver alguma pendência, como dados incompletos ou inconsistentes); organização da eleição (como, por exemplo, a convocação de mesárias e mesários); e atendimento geral de eleitoras e eleitores, inclusive para suporte técnico.

Antes de adotar o contato via mensagens instantâneas, o Tribunal realizou um projeto piloto em 2019, por meio do qual a Secretaria de Tecnologia da Informação pôde monitorar o comportamento de rede e desenvolver mecanismos de proteção necessários para que essa ferramenta fosse utilizada com mais segurança. Hoje, o WhatsApp tornou-se um dos mais importantes canais de comunicação da Justiça Eleitoral, sobretudo neste momento de pandemia em que o atendimento presencial nos cartórios e fóruns eleitorais permanece suspenso.

Entretanto, Jillian alerta que, após receber a mensagem, é importante verificar a procedência da mensagem, consultando o número de WhatsApp utilizado pela sua Zona Eleitoral. Além disso, a pessoa deve considerar se já informou anteriormente o seu contato ao TRE-PR (pelo cadastro eleitoral na plataforma Título Net ou em casos de tramitação de processos, por exemplo) e se a mensagem foi enviada durante o horário de atendimento, realizado de segunda à sexta-feira das 12h às 19h. “Se não se enquadrar em nenhuma dessas situações, é melhor desconfiar, pode ser uma indicação de um possível golpe”, diz.

Como proceder caso o contato não tenha sido feito pela Justiça Eleitoral

De acordo com o servidor Juarez de Oliveira, da Comissão de Segurança da Informação, caso o eleitor note que recebeu uma mensagem pelo WhatsApp de alguém se passando indevidamente pelo TRE-PR, o recomendável é bloquear esse número. “Se constatar que se trata de um golpista, e este causar algum tipo de dano (como obter alguma informação privilegiada ou realizar transações financeiras), a vítima deve procurar a polícia e registrar um boletim de ocorrência para que sejam tomadas as medidas cabíveis”, diz.

Também é solicitado que, em casos de tentativas de golpe, a pessoa relate o ocorrido ao Tribunal. É possível recorrer aos canais da Ouvidoria ou pelo Disque-Eleitor, no número 0800-640-8400.

Como se prevenir

Além de verificar se o número que entrou em contato é da Justiça Eleitoral, Juarez afirma que é importante, para garantir a segurança no WhatsApp, habilitar a autenticação em duas etapas nas configurações do aplicativo. Isso evita que outras pessoas possam acessar e roubar dados da sua conta no app, pois funciona como uma segunda senha.

É recomendável também ter cuidado ao abrir links enviados por pessoas desconhecidas; manter seu número de telefone em sigilo ou com divulgação controlada; não fornecer senhas de aplicativos ou códigos de autenticação de serviços que não tenham sido solicitados; utilizar softwares e aplicativos originais e bem avaliados; excluir ou fazer backup seguro das informações e conversas que necessitem de arquivamento; e manter um antivírus atualizado.


Texto: Carla Tortato
Revisão: Melissa Medroni e Beatriz Tedesco
Arte: Seção de Design Visual (SDV)
Coordenação: Rubiane Barros Barbosa Kreuz
CCS/TRE-PR