Para presidente da C.Vale, ‘Plano Safra’ deveria ter redução maior dos juros

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PLANO SAFRA: Juros menores, mas nem tanto

Taxas caíram menos que a dos juros básicos da economia

O governo federal vai destinar R$ 236,3 bilhões ao financiamento da agropecuária para o período 2020/21. O novo Plano Safra, anunciado dia 17 de junho, em Brasília, reduziu os juros de custeio entre 0,25 e dois pontos percentuais. Os recursos para investimentos terão taxas entre um e dois pontos percentuais menores.

A verba para produtores que utilizam o Pronaf cresceu 5,7% e totalizou R$ 33 bilhões. Médios produtores que acessam o Pronamp terão R$ 33,2 bilhões disponíveis, volume 25% superior ao da temporada passada.

O governo federal ampliou em 30% o volume de recursos para o seguro rural, elevando a verba para R$ 1,3 bilhão. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, calcula que este montante permita contratar 298 mil apólices, cobrindo 21 milhões de hectares.

Para aquisição de máquinas e implementos agrícolas pelo Moderfrota o governo destinou R$ 9 bilhões.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, avaliou o Plano Safra como razoável. “O ideal seria uma redução maior dos juros já que a taxa básica de juros da economia caiu para 2,25% ao ano, mas era o possível para esse momento em que o governo está em dificuldades financeiras devido à pandemia do coronavírus.”

Raio X do Plano Safra 2020/21

Juros para custeio

Linha Como era Como ficou
Pronaf 3 a 4,6% 2,75 a 4%
Pronamp 6% 5%
Grandes produtores 8% 6%

 

Juros para investimento

Moderfrota

(máquinas)

8,5% 7,5%
Moderinfra (irrigação) 8% 6%
Moderagro

(modernização)

8% 6%