Especial C.Vale ‘Olha Elas’: Triplamente Qualificadas

Agrônoma, classificadora de grãos e vendedora. Alessandra, Leila  e Juliete fazem a diferença em suas funções

Elas são tri-porretas! Alessandra Pletsch é engenheira agrônoma, em Tapera (RS). Leila de Castro Ramos é classificadora de grãos na Fábrica de Rações (PR). E Juliete Moreira da Silva é vendedora em Tupanciretã (RS). No dia a dia, botina, calça jeans, camisa ou uniforme operacional estampam o profissionalismo sem distinção. Nas horas vagas, a cabeleira vasta, unhas e pele bem cuidadas, salto e vestido sinalizam o empoderamento feminino alinhado.

Classificando grãos e muito talento

No pico de safra do milho,  entre os meses de julho e agosto, a fila de caminhões é gigante. Ultrapassa a 100 carretas enfileiradas aguardando descarregar a produção na Fábrica de Rações. Paramentada com  seu uniforme bege, toca, capacete,  óculos, abafador de ruídos e luvas,  lá está ela, Leila de Castro Ramos, aguardando para fazer a classificação de grãos.

Há cinco anos na função se diverte com os primeiros clientes ao se deparar com ela na classificação. “No começou tinham medo que estragasse o caminhão com o calador, que é muito forte. Mas hoje  é bem de boa”, revela a esposa do motorista da C.Vale, Wilson Chagas de Souza.

Munida com um checklist, coleta em torno de três quilos de grãos para avaliar a impureza, quebra, avariado, umidade, densidade e temperatura do produto. Dependendo do tamanho do caminhão, são feitos de 8 a 11 furos na carga. Por ser tudo automatizado, em cinco minutos realiza o processo e já libera o caminhão para descarregar.  “A nossa equipe é formada por oito pessoas. Seis são mulheres”, contabiliza orgulhosa, a formanda em Produção Industrial.

Realizada e respeitada profissionalmente, Leila pretende crescer dentro da cooperativa ocupando funções no operacional. “Sou muito feliz e reconhecida no meu trabalho.  Aqui faço carreira.”, anuncia.

Cultivando a boa semente

Ela é uma boa herança deixada pela antiga Marasca, incorporada pela C.Vale em 2015. Desde março de 2014, a engenheira agrônoma, Alessandra Pletsch, vive o ciclo completo da produção de sementes, na unidade de beneficiamento, em Tapera (RS). A esposa do Antônio brinca que ela é uma verdadeira “Severina”, que adora fazer de tudo um pouco.

Segundo Alessandra, os meses de março, abril, outubro e novembro, são os picos das safras de soja e trigo na região produtora gaúcha. Mas o restante dos meses do ano, a rotina é intensa para preencher com rigor todos os processos produtivos das sementes.

“Nosso trabalho envolve desde a semeadura, vistorias, colheita, beneficiamento e logística. É um processo rigoroso e altamente tecnificado”, atesta a especialista em Produção de Sementes.

Por ano, a unidade de Tapera produz cerca de 800 mil sacas de 25 quilos de sementes de soja. Trigo gira em torno de 100 sacas de 40 quilos. A produção beneficiada da soja, atende principalmente os produtores do Paraná e do Mato Grosso do Sul.  “Nunca me liguei nessa questão de gênero. Ser mulher é ser mulher. Temos o nosso espaço. Somos capazes, determinadas e muito persistentes”, avalia seu perfil profissional.

Vendendo sonhos e conhecimento

No início, as atividades causaram estranheza aos desavisados. Mas o profissionalismo de Juliete Moreira e a entrega de seus serviços demarcaram território. Ela fala com propriedade de quem já estudou e trabalhou muito nessa vida. Na realidade tudo isso é verdade. Técnica Agrícola, Tecnóloga em Produção de Grãos e cursando MBA em Gestão Comercial e Vendas, começou na C.Vale como classificadora de grãos, depois balanceira até chegar  à função de vendedora de insumos.

Sua trajetória de cinco anos na C.Vale, resume em uma frase. “Aprendizado não ocupa espaço. Só agrega valor”, diz a futura agrônoma. Juliete, que trancou o curso, mas pretende retomar em breve, entende que conhecer os produtos e serviços da cooperativa, além de estreitar relacionamento com os clientes, abre oportunidades. “O crescimento de qualquer pessoa está diretamente ligado à sua entrega”, enfatiza a esposa do autônomo, Cassiano.

A insumista enumera sua polivalência na unidade. Além da venda no balcão, fatura, ajusta a logística de agroquímicos, fertilizantes e sementes, confere estoque e ainda encontra tempo para ajudar na balança e classificação em picos de safra. “Lugar de mulher é no campo que ela quiser”, resume Juliete.

Amanhã às 12h:

Olha Elas: Ela carrega 37,5 toneladas de sonhos