Nova Ferroeste passa pelo estudo de viabilidade técnica, econômica, ambiental e jurídica

NILSON HORT / Alto Falante Notícias

Na manhã de hoje (24) por meio de agenda viabilizada pelo secretário de Administração e Previdência do Paraná Marcel Micheletto, o representante direto do Ministério da Infraestrutura Marcos Félix, Luís Henrique Fagundes, coordenador do Plano Ferroviário Estadual, prefeito de Assis Chateaubriand Valter Aparecido Souza Correia, prefeito de Jesuítas e presidente da AMP Júnior Weiller e outras lideranças visitaram as obras do Frigorífico da Frimesa. A visita faz parte do estudo de viabilidade técnica, econômica, ambiental e jurídica da Nova Ferroeste.

A agenda prevê discussões que possam dar condições técnicas e práticas para o melhor desenvolvimento dos estudos do projeto, a fim de conhecer in loco a estrutura ferroviária e portuária de Paranaguá, o traçado da ferrovia da Serra do Mar e Serra da Esperança e os pontos sensíveis do traçado de Guarapuava a Cascavel.

Crédito: Nilson Hort/Alto Falante Notícias

Nova Ferroeste: A Nova Ferroeste é um projeto que visa a ampliação da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.. O novo traçado, com 1285 quilômetros, vai ligar os municípios de Maracaju (MS) e Paranaguá (PR). Quando a ferrovia estiver concluída, este será o segundo maior corredor de grãos e contêineres do País. Os estudos de demanda indicam que cerca de 26 milhões de toneladas de produtos devem circular nesse trecho por ano. Considerando o tráfego interno, a Nova Ferroeste deve alcançar 38 milhões de toneladas ano.

A Ferroeste: A Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. é uma empresa de sociedade mista que em no Governo do Paraná seu maior acionista. A empresa detém a concessão de uma ferrovia entre Guarapuava e Dourados (MS), embora o trecho construído e em operação seja de 248 quilômetros entre Cascavel e Guarapuava. Todos os anos circulam por esse trecho cerca de 1,5 milhão de toneladas de produtos, a maioria grãos (soja, milho e trigo), farelo e contêineres com destino ao Porto de Paranaguá. No sentido importação, chegam insumos agrícolas como adubos, fertilizantes, cimento e combustíveis.

A Ferroeste possui em seus extremos os dois principais pátios: Cascavel, com o maior movimento e Guarapuava, onde há o encontro com a linha operada pela concessionária RUMO.

Revitalização e ampliação: Com a criação do projeto da Nova Ferroeste o traçado foi ampliado nas duas pontas, além do surgimento de um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu. O projeto inclui a desestatização da atual Ferroeste e a revitalização do atual trecho ferroviário, além da construção de um novo traçado entre Guarapuava e Paranaguá e de um ramal multimodal entre Cascavel e Foz do Iguaçu.

Capacidade: A Nova Ferroeste vai passar por 49 municípios do Paraná e será o segundo maior corredor de exportação de grãos e contêineres do país em volume de carga, com valor estimado em 3% do PIB nacional.

Paraná, um Hub Logístico: Pelos trilhos do Corredor Oeste de Exportação, estima-se que devem passar cerca de 38 milhões de toneladas no primeiro ano de operação. Com investimentos sendo feitos no Porto de Paranágua, o eixo potencializa a redução dos custos de exportação – cerca de 28% –  refletindo na elevação da produtividade e competitividade do setor produtivo.

Sustentabilidade: A Nova Ferroeste foi planejada levando em consideração os estudos de impacto ambiental e de viabilidade técnica. Com base nesses dados se desenhou o traçado levando em consideração a rota mais viável com base nos aspectos que englobam a sustentabilidade do projeto. A preocupação constante em mitigar os efeitos nas áreas de influência norteou os estudos na procura pela implementação do melhor trecho ferroviário. Desse modo, algumas ações têm sido tomadas: nenhuma comunidade indígena, quilombola ou unidade de conservação integral serão interceptadas pela ferrovia; redução da emissão de gases de efeito-estufa (um trem com 100 vagões substitui 357 caminhões); empreendimento elegível para a emissão de Títulos Verdes (Green Bonds); descida da Serra do Mar alinhada ao Plano de Desenvolvimento Sustentável do Litoral do Paraná (PDS Litoral 2035). A intenção é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3), com sede em São Paulo no primeiro trimestre de 2022. O consórcio que vencer a concorrência será responsável também pelas obras e poderá explorar a ferrovia por 60 anos. O investimento é estimado em R$ 25 bilhões.

Acesse o portal da Nova Ferroeste: http://www.novaferroeste.pr.gov.br/