Lideranças de Maripá conhecem projeto do consórcio regional para tratamento de resíduos sólidos

O principal objetivo do consórcio é transformar um passivo ambiental, que são os resíduos sólidos produzidos nos municípios, em matéria prima, tornando-se autossustentável.

O governo municipal de Maripá reuniu, na manhã da quarta-feira (1º), na Câmara Municipal de Vereadores, lideranças da cidade e autoridades regionais para apresentar o projeto do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário Vale do Piquiri para tratamento de resíduos sólidos. O principal objetivo do consórcio é transformar um passivo ambiental, que são os resíduos sólidos produzidos nos municípios, em matéria prima, tornando-se autossustentável.

Participaram da reunião de trabalho o prefeito de Maripá Rodrigo Schanoski, a vice-prefeita Janaína Müller Geraldi, o presidente da Câmara de Vereadores Diego Eduardo Stange e a vereadora Rosangela Kruger; a promotora de Justiça da Comarca de Palotina, Dra. Cristiane Aparecida Ramos; o prefeito de Palotina, Luiz Ernesto de Giacometti e equipe; servidores do Município de Maripá e outras lideranças locais e da região.

O projeto foi apresentado pela chefe de gabinete da Secretaria de Agronegócio e Meio Ambiente de Palotina, Jianice Frigo. Além de Maripá, abrangem a iniciativa os municípios de Palotina – onde seria construída a sede deste consórcio – Terra Roxa, Assis Chateaubriand, Santa Helena, Francisco Alves e Pato Bragado.

A destinação dos resíduos sólidos é uma problemática que vários municípios compartilham. Em Maripá, a busca por soluções tem sido tratada há meses devido ao pedido já encaminhado para encerramento das atividades do aterro sanitário, que atingiu a capacidade máxima.

“Estamos em processo de encerramento do aterro, construímos a Unidade de Valorização dos Recicláveis que começa a operar em breve e estamos licitando a construção do transbordo. São iniciativas que giram em torno de atender a política ambiental e dar a destinação correta a todos os resíduos produzidos no município”, explica o prefeito Rodrigo Schanoski.

O transbordo é uma estação de transferência dos resíduos orgânicos coletados na cidade para um veículo que fará o transporte até a destinação final. “Com a criação do consórcio, estes resíduos serão transportados até a sede de tratamento, que será Palotina. É a criação e participação neste consórcio que estamos discutindo em conjunto com as lideranças locais, o Ministério Público e Governo do Estado”, relata.

A iniciativa conjunta é vista com bons olhos pelo Ministério Público, conforme relata a promotora de Justiça da Comarca de Palotina, Dra. Cristiane Aparecida Ramos. “Hoje o consórcio é uma forma de trazer inovação e tecnologia para o tratamento dos resíduos, deixando a visão de aterro sanitário e transformando em uma usina de tratamento. Isso vai gerar consciência ambiental e pertencimento para as comunidades”, observa a promotora.

Outro fator relevante é o viés econômico envolvido no processo de destinação correta dos resíduos sólidos. “Municípios que integram consórcios tem preferência no recebimento de verbas públicas, conforme a política federal de destinação de resíduos sólidos. Isto é extremamente importante, porque quando falamos em tratamento adequado, falamos em tecnologia, o que requer um investimento alto por parte dos municípios e se torna inviável para pequenas cidades que tem poucas toneladas de resíduos/dia. Economicamente, é mais viável para os municípios fazer isto em conjunto, do que isoladamente”, destaca Dra. Cristiane.

O próximo passo é a assinatura do protocolo de intensão na participação do consórcio e, posteriormente, o encaminhamento do Projeto de Lei para apreciação da Câmara Municipal.