A campanha Janeiro Verde é um alerta para toda a população, principalmente, para as mulheres, sobre o câncer do colo de útero. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer) esse tipo da doença é a terceiro mais incidente na população feminina brasileira, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma.
“O câncer do colo de útero é um tumor maligno que surge na região inferior do útero – o colo do órgão – que na maioria das vezes está relacionada a infecção crônica pelo vírus HPV – Papilomavírus humano”, explica o médico oncologista da Uopeccan, Lucian Lucchesi. Assim como outras neoplasias, o câncer uterino se torna grave ao ser descoberto tardiamente, mas possui grandes chances de cura quando diagnosticado precocemente.
Apenas em 2022 foram estimados 16.710 casos novos, o que representa um risco considerado de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres, conforme pesquisa do INCA. De janeiro de 2021 a novembro de 2023, o Complexo Hospitalar Uopeccan atendeu mais de 1300 mulheres com câncer do colo de útero.
Por se tratar de um câncer “silencioso”, o doutor Lucchesi diz que na fase inicial, ele costuma ser assintomático, mas “conforme evolui, pode causar dor, corrimento vaginal e sangramento. Como todos os tipos de câncer, quando avançado pode atingir outros órgãos e causar sintomas no local”.
Na maior parte dos casos, o câncer do colo de útero é causado pelo vírus HPV, por isso, em sua grande maioria, ele pode ser prevenido, conforme ressalta o Dr. Lucchesi: “é possível prevenir a doença com relação sexual protegida, já que o vírus é transmitido pela relação sexual. Além disso há vacinas disponíveis contra HPV, que são efetivas quando aplicadas antes de se ter contato com o patógeno. O exame preventivo Papanicolau ajuda na detecção precoce da doença e muitas vezes até na fase pré-câncer, momento em que pode ser tratada localmente”.
Outros fatores de risco para o desenvolvimento do câncer estão o início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros, tabagismo, o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais e condições que diminuam a efetividade do sistema imune como, por exemplo, a AIDS.
É fato que o diagnóstico precoce salva vidas, mas caso a mulher seja acometida pela doença, o tratamento seguirá alguns critérios, principalmente, se a paciente possui o desejo de ser mãe.
“Nas fases iniciais o tratamento é cirúrgico. Quando este não é possível, a associação de quimioterapia com radioterapia é efetiva na terapêutica. Na doença avançada e que atingiu outros órgãos há possibilidade de quimioterapia para controle. A imunoterapia tem sido uma nova arma contra a doença, porém ainda sem acesso no sistema público. Dependendo de como for feito o tratamento, a mulher pode ser mãe. Porém na medida em que envolve o útero pode haver dificuldade em uma possibilidade de gestação no futuro”, esclareceu o doutor.
Busca por atendimento médico
As consultas periódicas aos ginecologistas são essenciais para um diagnóstico precoce da doença. Em casos de suspeitas de que a mulher possa estar com câncer do colo de útero, é necessário o encaminhamento a um hospital especializado no assunto.
A Uopeccan é referência para atendimento oncológico para uma população de 2.774.742 habitantes, que considera diferentes cidades do estado. São pacientes das 5ª, 7ª, 8ª, 9ª, 10ª, 11ª, 12ª, 13ª, 14ª e 20ª Regionais de Saúde do Paraná, além de outros do MS e SC, totalizando mais de 200 municípios.
O Complexo oferece consultas e exames pelo SUS (Sistema Único de Saúde), no qual o paciente é encaminhado pela Unidade Básica de Saúde, mas também realiza atendimentos por convênios e/ou particulares.
Para agendamento de consultas, entre em contato:
- Cascavel: (45) 2101-7000;
- Umuarama: (44) 2031-0700;
- Medianeira: (45) 3126-0700.
FONTE:www.uopeccan.org.br / Assessoria