IBGE trabalha para reduzir taxa de recusa e finalizar Censo 2022

Recenseadores têm enfrentado dificuldades no acesso aos condomínios - Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

Após seis meses em campo, um dos principais desafios para a conclusão do Censo 2022 é o número alto de recusas para responder ao questionário. No país, a taxa média chega a 2,43%, em dados atualizados no último dia de janeiro. Esse percentual é consideravelmente maior em localidades onde há maior concentração populacional. Em São Paulo, que lidera o ranking entre os estados, a taxa de recusas é de 4,49%, o que equivale a cerca de 720 mil domicílios em que o morador se recusou a prestar informações ao IBGE.

O coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte, relata que várias formas de recusas foram observadas durante a operação. Ele menciona que há, já no treinamento dos recenseadores, instruções para identificar quando há pessoas morando na casa. “Ele vai, por exemplo, avaliar se tem cachorro em casa, se tem planta, se tem roupa no varal e, a partir daí, vai ter um indicativo de que, embora não tenha ninguém em casa naquele momento, aquele domicílio é uma unidade habitada”, diz.

“Em algumas situações durante a abordagem o recenseador percebe que tem gente em casa, mas a pessoa não quer atender. Ou então o recenseador deixa uma folha de recado na caixa dos correios ou por debaixo da porta, mas não tem retorno. São situações de recusa velada”, completa. Em outros casos, o morador chega a atender o recenseador, mas pede que ele retorne em outro momento e, após sucessivas voltas em horários alternativos, recebe a mesma resposta. Essa situação também é considerada pela equipe técnica do Censo como uma forma velada de recusa.

FONTE: agenciadenoticias.ibge.gov.br