Neste 29 de setembro, quando é celebrado o Dia Mundial do Coração, a Secretaria de Estado da Saúde alerta a população sobre a importância de manter hábitos saudáveis, como boa alimentação, atividade física e combate ao estresse para evitar problemas cardíacos.
As doenças do aparelho circulatório são as que mais matam no País e representam 28% de todas as ocorrências no Paraná. De acordo com dados consolidados no sistema Datasus/2018 do Ministério da Saúde, aproximadamente 56 pessoas por dia morrem no Estado em decorrência dessas doenças, ou seja, uma a cada 26 minutos.
Segundo a secretaria, com a pandemia da Covid-19 muitos usuários em tratamento para hipertensão arterial sistêmica e outros quadros associados deixaram de frequentar as Unidades Básicas de Saúde para acompanhamento.
“Passados seis meses de pandemia, é imprescindível que os pacientes retomem os devidos tratamentos, tomando os cuidados com as medidas de prevenção do coronavírus. Desta forma podemos diminuir a probabilidade de atendimentos de urgência por agravamento do quadro de saúde”, alertou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
De acordo com dados da pasta, 82% das pessoas que morreram por Covid-19 tinham fatores de risco e em aproximadamente 47% dos casos a doença cardiovascular crônica estava presente, sendo a comorbidade mais associada aos óbitos. Já nos casos confirmados, cerca de 35% dos pacientes sofrem de algum problema cardíaco.
“Esses dados reforçam a necessidade dos cuidados que devemos ter. Quando falamos de prevenção e promoção da saúde, a adoção de uma alimentação adequada e saudável, associada à prática regular de atividade física, diminuição do consumo de bebida alcoólica e cigarro, e ações de combate ao estresse promovem uma importante redução dos fatores de risco e melhora da qualidade de vida”, completou o secretário.
FATORES DE RISCO – Segundo a Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2019), os principais fatores de risco cardiovasculares são: hipertensão arterial, tabagismo, diabetes, sedentarismo, sobrepeso e obesidade, colesterol alto e histórico familiar. Pessoas que apresentam maior número de fatores de risco podem ter progressão da doença em ritmo muito mais acentuado.
Nesse sentido, o Ministério da Saúde (MS), em parceria com o Hospital do Coração (HCor), elaborou a estratégia da “Alimentação Cardioprotetora Brasileira”, que tem por objetivo subsidiar a orientação nutricional e dietética realizada pelos diferentes profissionais e facilitar a compreensão dos indivíduos, contribuindo para sua adesão às orientações.
“Precisamos valorizar a comida tradicional brasileira, excluir a ingestão de alimentos ultraprocessados, respeitando a regionalidade, a cultura e hábitos locais, contribuindo para a promoção da saúde, prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares e seus fatores de risco”, explica a nutricionista Cristina Klobukoski, da Divisão de Promoção da Alimentação Saudável e Atividade Física da Sesa.
AÇÃO – Como forma de contribuir para a atualização dos profissionais de saúde nessa temática, a Secretaria da Saúde, por meio da Divisão de Promoção da Alimentação Saudável e Atividade Física, distribuiu para todas as Unidades de Saúde do Estado o material “Alimentação Cardioprotetora: Manual de orientações para profissionais de saúde da Atenção Básica” e a cartilha “Alimentação Cardioprotetora”.
Nesta quarta-feira (30) será realizada pelo HCor, de forma online, a “Oficina Alimentação Cardioprotetora”, que contará com a participação de 300 nutricionistas do Paraná, atuantes em todos os pontos da Rede de Atenção à Saúde.
Para mais informações aos profissionais de saúde:
Linha Guia de Hipertensão Arterial 2018
Linha Guia de Diabetes Mellitus 2018
Linha Guia de Infarto do Miocárdio
Manual da alimentação cardioprotetora