Família Burin aproveita parceria com a C.Vale e amplia produção de tilápias

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Quando iniciaram a vida de casados, em 1981, Edemar Burin e Inês Daga começaram cultivando grãos em uma área de 12 hectares herdados do pai dele. Como atividade sujeita aos humores do clima, eles logo chegaram à conclusão de que precisariam de uma segunda fonte de renda se quisessem progredir economicamente. Como a propriedade, em Palotina (PR), era abundante em água, o casal optou pela criação de tilápias. O início, em 1997, foi duro, pois a ração era fornecida manualmente, uma atividade diária e cansativa. A parte operacional era apenas uma das dificuldades. Como produtores independentes, eles tinham que se virar com assistência técnica e precisavam tomar empréstimos bancários para comprar a ração. A tarefa mais difícil, porém, era conseguir vender a produção sem levar calotes. Edemar garante que encontrou um cliente confiável, mas admite que muitos produtores como ele ficaram sem pagamentos depois de entregar as tilápias para compradores avulsos.

Quatro anos depois do início da piscicultura, a família começou uma nova atividade. Aproveitando o início do sistema de integração avícola da C.Vale, Edemar e Inês construíram o primeiro aviário. Para produzir grãos, peixes e frango, toda a família precisou se envolver nas atividades. Renato, o filho mais novo, se formou em Agronomia, mas optou por permanecer na propriedade, ao lado do irmão Rafael. Os Burin reformaram e ampliaram os açudes até que eles ocupassem nove hectares. Os 90 mil metros quadrados de lâmina d’água produzem 600 mil tilápias em ciclos de 10 a 12 meses.

 

AVANÇO TECNOLÓGICO

Na estrutura que a família construiu para ser a sede da piscicultura, flores cultivadas por dona Inês dão um colorido alegre ao ambiente. O marido Edemar conta que a entrada para a integração da C.Vale mudou a perspectiva e a forma de trabalho. “Não tinha como continuar trabalhando manualmente. Agora o tratador é automático, a gente sabe o dia que vai alojar e quando vai carregar (despesca). Mudou 100%”, explica. A ração, a assistência técnica, os alevinos e a retirada dos peixes são por conta da C.Vale.

No interior do barracão, um gerador de energia assegura que os aeradores funcionem em caso de queda no fornecimento de luz e assim evita prejuízos à atividade que garante 30% da renda da propriedade. Próximo ao enorme motor a diesel, está um painel de controle dos equipamentos e um monitor que mostra imagens de 17 câmeras instaladas nas margens dos tanques, que também podem ser vistas pelo celular. “Hoje precisa ter tecnologia para produzir”, avalia o filho Renato. Ele revela que o alojamento dos peixes é escalonado para facilitar o controle de eventuais doenças e também para que a renda da comercialização entre em intervalos menores de tempo.

 

SEGURANÇA

A boa estrutura e o manejo cuidadoso dos peixes permitem que os Burin entreguem ao abatedouro da cooperativa tilápias com 950 a 1.000 gramas cada. Renato assegura que a piscicultura deixa uma boa margem de lucro ao integrado. O pai Edemar completa destacando a segurança de operar com a C.Vale. “Dois ou três dias depois que a gente entrega, o dinheiro está na conta”, um contraste com a situação da maioria dos produtores independentes. Ele acrescenta que a diversificação de atividades viabilizou a permanência no campo. “Se não fosse a C.Vale, não estaríamos todos aqui”, avalia.

Mais do que gerar renda aos Burin, a diversificação é responsável por cinco empregos com carteira assinada na propriedade. Enquanto conversa com os repórteres, Edemar pede a um dos funcionários que pegue algumas tilápias. Com o auxílio do analista técnico da C.Vale, Rogério Zilli, Edemar limpa e retira os filés dos peixes ao mesmo tempo em que a esposa Inês aquece o óleo para a fritura. Temperados com suco de limão, os pedaços de filé são consumidos ainda quentes. Mais do que o prazer de comer um alimento saboroso, ali estava o resultado de um esforço que vem multiplicando a renda e gerando prosperidade.

 

RAIO X DA GRANJA RDB

Município: Palotina – PR

186 hectares de grãos

200 mil frangos (7 aviários)

600 mil tilápias (9 hectares)

Renda: grãos, peixes, frangos