Entendendo um pouco sobre: O medo…

Muitas pessoas sentem sua qualidade de vida piorar devido ao medo. Sabe-se que quando nascemos temos somente dois tipos de medo; medo de cair e medo de barulho. Todos os outros tipos de medo são aprendidos no decorrer da vida. O medo normal ajuda a prevenir situações de risco, como uma defesa do nosso organismo. O medo anormal é aquele que prejudica a qualidade de vida, que provoca doenças como o pânico, a fobia e TAG- Transtorno de Ansiedade Generalizada. O medo é um sentimento que paralisa e libera em nosso organismo hormônios do estresse: Adrenalina e Cortisol, que somado a ansiedade provoca a sensação de luta e fuga diante de um episódio, causando sudorese e tremores.

Para compreendermos melhor esse sentimento Evelin Pestana diz que:“Nossos medos são sempre o efeito emocional vindo dos fantasmas que forjamos para não termos que nos desprender de nós mesmos, de identificações já passadas e ultrapassadas. Atravessar nossos fantasmas nos leva inevitavelmente a nos distanciarmos deles. Nossos medos são apenas um dos lados da moeda que nos prendem a eles: o outro lado, é sempre a satisfação, os “ganhos” que obtemos por alimentá-los. Essa é nossa maior dificuldade: abrir mão das “vantagens” que nossos fantasmas um dia nos deram, e que nós insistimos em fazer perdurar…”

Atualmente a procura nas clinicas para tratar os medos tem sido crescente, medo da pandemia, de nirrer, de dirigir, medo de multidão, de lugares fechados, medo de ler em publico, etc. A utilização da dessensibilização sistemática (identificação do tipo de medo) com a reestruturação cognitiva (Nova forma de interpretar e enfrentar o medo) permite a mudança de comportamento. É o que nos afirma também o filósofo e poeta Ralph Waldo Elerson: “ Faça aquilo que você receia e a morte do medo será certa”. A criança quando tem medo de dormir temendo por fantasias que alguém possa estar embaixo de sua cama, a presença do adulto mostrando que embaixo da cama não há ninguém, ajuda a promover a ressignificação do medo, até a mesma dormir sem ter esse tipo de temor. Quem tem medo de água, através da terapia, com exercícios de relaxamento e imaginando a situação de nadar, sentir os braços na água, gradativamente a ressignificação do medo poderá ser desenvolvida. O medo é um estado que somente quem o sente é capaz de eliminá-lo, quem não consegue por si só deve buscar ajuda profissional, a psicoterapia e a hipnose são eficazes no tratamento. É preciso querer se libertar desse sentimento para mudar, Freud diz que: “A maioria das pessoas não quer realmente a liberdade, pois liberdade envolve responsabilidade, e a maioria das pessoas tem medo de responsabilidade.” Por isso muitas pessoas preferem sofrer a dor do medo do que crescer com responsabilidades. Foucault afirma que: “Precisamos resolver nossos monstros secretos,nossas feridas clandestinas,nossa insanidade oculta”. Tomar a iniciativa de mudança de vida  exige muita coragem, e cada um sabe a fase que esta passando e o momento certo para libertar-se. Segundo Mauro Gouveia: “… Cada fase (pode ser medida em dias ou anos) é um momento único, com perguntas tantas e outras tantas respostas e o permanente desencontro entre a questão e a solução. A idade vai fazendo seus cálculos de aproximação, e ainda assim existirão perguntas, respostas e dúvidas. O sentido das coisas está no sentir. Sendo assim é preciso sentir e interpretando o sentimento pode-se mudar o comportamento. Segundo William Shakespeare “Não passam de traidoras as nossas dúvidas, que ás vezes nos privam do que seria nosso se não tivéssemos o receio de tentar.” Espero que você não sofra mais de medo, o enfrentamento é o caminho para liberdade. Não tenha duvidas, tente.

Arley Rogério da Costa- Psicólogo / Atende na Clinica Integrada Dra. Amanda Lelis Cadamuro (44) 999842133 / Ao lado do Foto das Estrelas em Jesuítas