Ela completou quatro anos em setembro. É a alegria da família e exemplo de determinação e força. Paloma Cristina, essa chateaubriandense é uma guerreira e para chegar até aqui, foram lutas incansáveis pela vida. O Portal Boa Notícia ouviu o depoimento de Lúcia Aparecida Rosa Pereira, mãe de Paloma. Ela resume a trajetória de sofrimento e angústia para superar todas as barreiras. “O que chamava atenção é que ela nunca desistia e a força de viver dela é a nossa coragem de continuar lutando por sua vida. A Paloma é um exemplo para todos. Vive cada dia intensamente como se fosse o último. É feliz, amorosa e um doce de menina. Um tesouro que Deus nos deu e nos ensina uma nova lição a cada dia”.
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Depoimento de Lúcia Aparecida Rosa Pereira, mãe de Paloma:
“Fiquei gravida da Paloma quando tinha 38 anos. Tudo transcorria normalmente até que em um certo dia descobri que era uma gravidez de risco quando já estava na 36ª semana. Após novos exames foi constatado que eu corria risco de morte. Então, o médico decidiu fazer a cesárea no dia 12/09/2016 e a Paloma nasceu com 2,9 quilos e 42 centímetros. Assim que nasceu, o médico nos deu a notícia que ela tinha uma deficiência chamada síndrome de down. Isso não mudou em nada nosso amor por ela, aliás ficou ainda maior. Tive dificuldades de recuperação após a cirurgia, mas a maior preocupação era que a Paloma não ganhava peso. Exames mais detalhados constataram que ela tinha cardiopatia congênita e que teria poucos dias de vida. Começamos, então, a procurar tratamento levando-a a vários médicos e hospitais. Nesse período, a Paloma ainda teve falta de oxigenação complicando ainda mais seu estado de saúde. Eu, simplesmente, carregava ‘um fiapo de gente’ nos braços. Apesar das dificuldades, nunca desistimos, até conseguirmos encaminhá-la ao Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba. O médico que atendeu disse que a Paloma precisava de um procedimento cirúrgico com urgência, mas não havia vaga na UTI, então, voltamos para casa. Foi desesperador, mas graças a Deus, a cirurgia foi remarcada e realizada no dia 22 de abril de 2017 e foi um sucesso”.
“A vida seguiu, mas em janeiro de 2018, ela teve uma recaída e foi acometida por uma anemia profunda e teve fazer uma transfusão de sangue. Em seguida, fomos informados que ela seria transferida para Toledo, mas, para nossa surpresa, foi encaminhada para o Uopeccan em Cascavel iniciando uma nova batalha, pois os médicos suspeitavam que ela teria leucemia. Foram feitos exames em Curitiba que confirmaram o câncer. O desespero foi grande, mas em nenhum momento lamentei e nem desisti. Pedi a Deus força para enfrentar mais essa guerra. Ele nos atendeu e encaminhou muitos anjos para nos confortar e dar força. A Paloma ficou internada por 30 dias e teve muitas complicações, ficando 11 dias em isolamento e 9 dias na UTI.
“Sabe, hoje com mais calma o que chamava atenção é que ela nunca desistia e a força de viver dela é a nossa coragem de continuar lutando por sua vida. A Paloma é um exemplo para todos. Vive cada dia intensamente como se fosse o último. É feliz, amorosa e um doce de menina. Um tesouro que Deus nos deu e nos ensina uma nova lição a cada dia”.
“Preciso agradecer meu marido, André Pereira, e meus filhos e, em nome deles, familiares e amigos que foram fundamentais para chegarmos aqui. Gostaria de citar os nomes de todas as pessoas, mas prefiro evitar para não esquecer alguém. Só agradeço de coração a todos que apoiaram, incentivaram, deram força e apoio para nós. Hoje, a Paloma está bem graças a Deus e nós estamos tocando nossa vida com simplicidade, mas com amor, harmonia e união”, comentou emocionada Lúcia Aparecida Rosa Pereira, mãe de Paloma.
FOTOS: Arquivo pessoal autorizadas pela Família