Chateaubriandense: Diocese de Toledo prepara ordenação diaconal de Leonardo Castro

Paulo Weber Jr / Revista Cristo Rei / Assessoria

Diocese de Toledo prepara ordenação diaconal de Leonardo Castro

A chegada da data de ordenação diaconal do seminarista Leonardo Ribeiro de Souza Castro enche a Diocese de Toledo de alegria pelo fruto da vocação que está prestes a confirmar seu sim no primeiro grau do Sacramento da Ordem. Desde o ingresso no seminário à conclusão dos estudos de Filosofia e Teologia, Leonardo trilhou um caminho que lhe apresentou desafios, mas sobretudo a força para superá-los. Ele é uma resposta da Igreja que pede a Deus que não deixe seu povo desamparado. E assim, se prepara para a celebração com o rito de ordenação neste sábado (18/03), com início às 15h, na Igreja Menino Deus, em Toledo, para a qual todos estão convidados a unirem-se em oração e louvor ao Senhor.

Leonardo (27 anos), é filho dos comerciantes Benedito e Ângela. Ele tem um irmão, o Rafael (19 anos) que também realiza seu discernimento vocacional no Seminário Maria Mãe da Igreja em Toledo. “Eu me isento dessa ‘culpa’ porque não motivei diretamente o Rafael, não falei nada (risos). Entendo que a caminhada deve ser dele. Mas é claro, o que orientei é que ele sempre participasse da comunidade”, comenta brevemente.

Natural de Assis Chateaubriand, com origem na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, Leonardo teve uma vivência muito próxima da comunidade de fé por conta do testemunho de seus pais. “Eu fui criado no ambiente de Igreja. Eu era aquela criança que ficava passando no colo das pessoas durante os encontros, porque meus pais participavam desses momentos do Cursilho, ECC (Encontro de Casais com Cristo) e outras iniciativas. Mas chegou um momento que senti necessidade de assumir meu papel dentro da Igreja”, lembra com muito carinho daquela época.

Leonardo, vendo os pais com seus compromissos, desejava para si esse tipo de experiência e assim começou a participar de grupo de jovens onde fez amizades. Dedicado aos estudos, com 15 anos passou a pensar na vocação sacerdotal. “Eu pensava: onde vou me realizar? E isso me levou a conversar com o pároco e com o vigário da minha Paróquia”, diz. Eram Pe. Nelton Hemkemeier e Pe. Jauri Strieder. “Eu dizia a eles que quando participava de alguma atividade na paróquia me sentia muito bem. Depois, dizia: quando penso em profissões e futuro, me vejo sendo feliz, mas parece que nada faz arder o coração. Interessante que mesmo assim eu não tinha essa possibilidade de ser padre, para ver como a cultura vocacional é importante. Chegou o ponto em que parei para conversar comigo mesmo para entender o que mais me tocava e que talvez me inquietasse mais, e era justamente a vida ministerial. Comecei a dar mais atenção ao serviço que o padre presta à comunidade e tudo o que ele faz pelas pessoas. Isso começou a mexer mais comigo”, garante. Leonardo já havia sido aprovado em vestibulares para Arquitetura e Psicologia e, por pouco, para Engenharia Civil. “Foi nessas conversas que fui fazendo o discernimento vocacional. Após dois anos de caminhada, ingressei no Seminário”, recorda.

Quando toda essa história chegou aos pais, houve uma surpresa. “Foi na época em que saiu a aprovação para Psicologia. Meu pai disse: ‘Então é o que você quer (…)’. Eu falei que sim, mas que tinha outra situação que estava me provocando, mexendo comigo e já havia algum tempo e era uma inquietação vocacional. Estávamos em volta da mesa, num fim de semana. Ele perguntou se era uma profissão e eu respondi que não, mas um modo de vida. Eu disse a ele sentir que Deus está me chamando a ser padre. Ele ficou surpreso e lembrou de todo o investimento nos estudos. Relutou um pouco no início, mas em seguida manifestou apoio. A mãe sempre receptiva”, lembra. E essa é uma situação que acontece em muitas famílias.

Hoje, compreendendo melhor a relevância do serviço vocacional e o devido acompanhamento, Leonardo compara com o quantitativo quando ingressou no Seminário. Eles eram em 21 seminaristas, dos quais foram ordenados Pe. Anderson Sgarbossa, Pe. Jociel de Almeida, Pe. David Fiametti (em memória). “Destes 21, tivemos 17 que fizeram um processo de saída do Seminário. Mas a caminhada é isso: um processo de discernimento, e sabemos que nem todos chegarão a esse momento”, pondera.

Nesta linha de chegada da formação, mas que ao mesmo tempo dá início à sua missão, Leonardo busca no Evangelho de São João a inspiração do seu lema ministerial: “Para que todos tenham vida” (Jo 10,10b). Sem dúvida, um texto inspirador para uma vocação que, assim como as demais, deve gerar vida na comunidade de fé e na sociedade em geral.

Por: Paulo Weber Jr / Revista Cristo Rei / Assessoria