ALERTA: Câncer do ovário deve acometer mais de 7 mil em 2023

Camila Agner / Assessoria

Mulheres devem estar atentas aos sinais do corpo e manter hábitos saudáveis de vida para evitar a doença

Muito além do câncer de mama, outras doenças também merecem atenção das mulheres, em especial o câncer de ovário. Conforme estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de ovário deve acometer, em 2023, cerca de 7.310 mulheres. Devido à ausência de métodos de rastreamento, o diagnóstico é feito tardiamente. Apesar disso, é preciso estar atento a alguns sinais do corpo.

Conforme explica a cirurgiã oncológica do CEONC Hospital do Câncer, em Cascavel, doutora Tariane Foiato, algumas alterações são possíveis de observar com a doença, como o aumento do volume abdominal, principalmente abaixo do ventre; dor abdominal; sangramento pós menopausa ou fora do período menstrual; sensação de líquido na barriga ou inchaço abdominal e, nos casos mais graves, falta de ar, inchaço nas pernas, emagrecimento e/ou perda de massa magra.

“Prevenir é a melhor maneira de evitar o diagnóstico. É indicado ter hábitos saudáveis de vida, ter filhos, amamentar o máximo de tempo possível, não fumar, manter o peso adequado, além de usar anticoncepcional por mais de 12 meses”, explica.

Outra dica é realizar o teste genético caso algum parente de primeiro grau tenha sido diagnosticado com câncer de mamas e/ou ovário. Se o resultado estiver alterado, a sugestão é prosseguir com cirurgia preventiva. Quando existem parentes de 1º grau com a doença, o risco de acometimento aumenta cerca de três vezes.

“O câncer de ovário é uma patologia que, infelizmente, não tem uma forma de rastreamento populacional, como acontece com a neoplasia de colo uterino e de mamas. As mulheres geralmente são diagnosticadas num estágio avançado da doença e a mortalidade se torna muito alta”, comenta a doutora.

Estima-se que o risco da doença é de 6,62 casos para cada 100 mil mulheres. A taxa de sobrevida, em cinco anos, nos estádios iniciais, é em torno de 75%. Porém, no estádio III, que é o mais comum, a taxa cai para 40%. Com relação à mortalidade, 3.920 mulheres perderam a vida pela doença em 2020, o que equivale a 3,62 mortes para cada 100 mil mulheres, conforme dados do INCA.

Camila Agner / Assessoria