O Active Design propõe soluções urbanas que priorizam a saúde, incentivam o movimento e transformam cidades em ambientes ativos, seguros e acolhedores
O conceito de Active Design vem transformando a forma como cidades são desenhadas, com foco em bem-estar e longevidade. Nesse sentido, arquitetos, urbanistas e gestores públicos unem esforços para tornar os espaços urbanos mais dinâmicos, seguros e estimulantes.
Afinal, ambientes que favorecem o movimento espontâneo, como escadas visíveis, ciclovias integradas e calçadas acessíveis, têm demonstrado efeitos importantes na prevenção de doenças crônicas. Por esse motivo, o Active Design ganha força como política urbana em diversos países.
Caminhos para uma cidade mais ativa: o papel do Active Design
Embora ainda recente no Brasil, o conceito já é consolidado em cidades como Nova Iorque, Copenhague e Melbourne. Esses locais adotam diretrizes claras que colocam o corpo em movimento como parte natural da vida urbana.
Além disso, a ideia de walkability — ou seja, o quanto um lugar é caminhável — passou a orientar planos diretores e projetos de revitalização. Como resultado, surgem bairros mais inclusivos, sustentáveis e centrados no bem-estar humano.
Fitwel: certificação que impulsiona o Active Design
Ao longo da última década, a certificação Fitwel consolidou-se como referência para avaliar construções saudáveis. Criada a partir de pesquisas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças ( CDC ), ela reúne mais de 7.000 estudos que fundamentam estratégias aplicáveis em edifícios e comunidades.
Além disso, o lançamento do Fitwel Scale Program possibilita a aplicação dessas estratégias em larga escala, mesmo em portfólios imobiliários complexos. Isso significa que empresas e governos podem, de forma estruturada, transformar qualquer espaço em ambientes promotores de saúde.
Active Design: benefícios práticos e humanos
Com base em evidências científicas, o Active Design oferece soluções debaixo custo e alto impacto. Por exemplo:
- Escadas centrais, bem iluminadas e convidativas;
- Praças e parques com acessibilidade universal;
- Rotas seguras para pedestres e ciclistas;
- Incentivo à alimentação saudável nos arredores;
- Transporte público integrado e de fácil acesso.
Portanto, trata-se de um investimento não apenas urbanístico, mas também em saúde coletiva, inclusão social e qualidade de vida.
Um caminho sem volta rumo ao futuro das cidades
Hoje, mais do que nunca, é essencial repensar a forma como vivemos e nos deslocamos. O movimento Active Design pelo mundo sinaliza essa mudança, colocando a saúde no centro do planejamento urbano. Conforme cresce a adesão a essa abordagem, surgem espaços que cuidam, acolhem e inspiram.
Recentemente, a Lituânia foi reconhecida com o Prêmio Fitwel Impact pela mais alta pontuação já registrada, demonstrando que cidades de qualquer porte podem se destacar.
Alessandra Martini – Boa Notícia Brasil
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